quinta-feira




pedra sobre pedra, de pedra ergui os bancos



pedra sobre pedra, de pedra ergui os bancos,
a mesa, a lareira. a mais rasa laje em frente
ao lugar da porta era o meu lugar na casa.
dali eu contemplava os barcos, o mar, o voo das
aves.



nove meses – outono, inverno, o tempo das flores,
permaneci. três ou quatro meses uma osga
hibernou sobre o meu leito. no quarto em frente
uma cobra vivia tranquila. conheci as pedras
debaixo das quais viviam pequenos escorpiões quase
negro. às vezes levava-lhes insectos moscas mortas.
espalhava grãos pelo pátio e chamava os pássaros.



o mundo não sei. eu renasci.

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